Pecuaristas devem vacinar fêmeas bovinas e bubalinas de 3 a 8 meses de idade
Postado em: 14/03/2022
O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), alerta produtores agropecuários sobre a importância da imunização de fêmeas bovinas e bubalinas de 3 a 8 meses de idade contra brucelose, seja nas propriedades leiteiras ou de corte.
A previsão é a de que cerca de 2 milhões de bezerras dos rebanhos mineiros sejam vacinadas contra a doença neste ano. No primeiro semestre, a campanha determina prazo para vacinação até 30/6 e para a declaração até 10/7. O IMA é o responsável pela coordenação e acompanhamento das campanhas de vacinação contra brucelose em Minas Gerais, umas das ações de caráter compulsório do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT).
Segundo dados do IMA, no último semestre, a vacinação contra a brucelose alcançou índice de cobertura de 78,5%. Além disso, as regiões de Janaúba, Patrocínio, Montes Claros, Uberlândia, Almenara, Unaí, Patos de Minas, Curvelo, Teófilo Otoni e Guanhães, finalizaram o ano de 2021 com índice inferior a 80%.
Conforme a médica veterinária do IMA de Patrocínio, Rosana Cunha Mendes, o período de vacinação ocorre duas vezes ao ano, sendo a primeira 1º de Janeiro a 30 de junho e a segunda etapa de 1º de julho a 31 de dezembro. O produtor tem 10 dias após cada período para declarar a imunização nos escritórios do instituto.
“Aqui no nosso escritório a gente tem uma meta de vacinar acima de 80% das bezerras, de zero a doze meses, sendo que as bezerras vacinadas são de três a oito meses, que a vacinação é aplicada. [...] Nós fiscalizamos agora os inadimplentes da segunda etapa de 2021, que se encerrou dia 31 de dezembro e a gente espera atingir um índice acima de 80%. A gente não atingiu esse índice no segundo semestre do ano passado, nosso índice ficou em torno de 74% de bezerras vacinadas”, informou.
Ela ainda completou afirmando que esse índice na região é preocupante por conta de possuir uma grande cadeia de produção de leite e queijo artesanal.
A declaração da vacinação contra brucelose entregue pelo produtor ao IMA é o comprovante de que as fêmeas foram efetivamente vacinadas nos rebanhos do estado. Por este motivo, de acordo com a Lei Estadual 10.021/89, o produtor que possua fêmeas em idade vacinal é obrigado a declarar a vacinação contra brucelose ao IMA a cada semestre.
O IMA recomenda que os atestados de vacinação contra brucelose sejam prontamente entregues (ou enviados) às suas unidades logo após a vacinação. A entrega pode ser feita pelo produtor ou mesmo pelo médico veterinário cadastrado responsável pela vacinação e emissão do atestado.
O produtor que não vacinar contra brucelose pode ser multado em 25 Ufemg’s, o que equivale a R$ 119,26/bezerra, tendo como base o número de fêmeas de zero a 12 meses da última declaração prestada ao IMA em ficha cadastral. Já o produtor que deixar de declarar a vacinação contra brucelose ao IMA está sujeito a multa em 5 Ufemg’s, valor de R$ 23,85/bezerra.
O Programa de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose conta ainda com atividades compulsórias, como apresentação obrigatória de exames negativos de brucelose e tuberculose em situações específicas.
O IMA afirma que a aquisição de animais negativos é uma medida simples, capaz de evitar a forma mais comum da introdução dessas doenças nos rebanhos.
A brucelose é causa de perdas econômicas significativas na pecuária, já que pode provocar aborto no terço final da gestação, queda na produção de leite e no ganho de peso animais. A doença é causada pela bactéria Brucella abortus, sendo considerada uma zoonose, pois pode ser transmitida do animal infectado para o ser humano.
Stéfany Dias/Janio Luiz – Módulo FM com informações e textos Agência Minas
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